Ciberataques em larga escala atingem empresas no mundo e afetam Brasil

Ataques ocorreram em ao menos 74 países, com ‘vírus de resgate’ que exige dinheiro, diz empresa de segurança. No Brasil, sites de empresas e órgãos públicos saíram do ar. Hospitais na Inglaterra foram atingidos no início do ataque.

Ataques ocorreram em ao menos 74 países, com ‘vírus de resgate’ que exige dinheiro, diz empresa de segurança. No s de ao menos 74 países, incluindo o Brasil, foram alvos de um ciberataque em “larga escala” nesta sexta-feira (12). Os ataques atingiram hospitais públicos na Inglaterra, causaram a interrupção do atendimento do INSS e afetaram empresas e órgãos públicos de 14 estados brasileiros mais o Distrito Federal. A extensão do ataque leva especialistas em segurança a acreditar que se trate de uma ação coordenada, mas não se sabe ainda a autoria.
Veja abaixo os principais pontos do caso e em seguida as informações completas:
O ataque atingiu empresas ao redor do mundo na manhã desta sexta. Estimativa divulgada à tarde pelo grupo russo de segurança Kaspersky Lab fala em 74 países. A empresa Avast diz que foram 99 países atingidos.
Representantes de hospitais afetados na Inglaterra relataram que cancelaram atendimentos e redirecionaram ambulâncias para outras unidades.
No Brasil, ataques atingiram empresas e órgãos públicos. O atendimento do INSS está suspenso.
Ataques usam vírus de resgate (“ransomware”), que inutilizam o sistema ou seus dados, até que seja paga uma quantia em dinheiro. Segundo a Kaspersky, o vírus se espalha por meio de uma brecha no Windows.
“The New York Times” diz que ação pode ter usado ferramenta roubada da NSA, a agência de segurança nacional dos EUA.sites de empresas e órgãos públicos saíram do ar. Hospitais na Inglaterra foram atingidos no início do ataque.

Ataques ocorreram em ao menos 74 países

Vírus de resgate

Os ataques usam vírus de resgate (ou “ransomware”), que inutilizam o sistema ou seus dados, até que seja paga uma quantia em dinheiro – entre US$ 300 e US$ 600 em Bitcoins, diz a Kaspersky. Ou seja, eles “sequestram” o acesso aos dados e pedem uma recompensa.

A empresa detectou 45 mil ataques, em relatório divulgado na tarde desta sexta-feira. A maior parte foi registrada na Rússia.

No Brasil, os ciberataques levaram várias empresas e órgãos públicos a tiraram sites do ar e desligarem seus computadores:

  • Petrobras
  • Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em todo o Brasil
  • Tribunais da Justiça de São Paulo, Sergipe, Roraima, Amapá, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Piauí, Bahia e Santa Catarina
  • Ministério Público de São Paulo
  • Itamaraty
  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

De acordo com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da presidência, as invasões ocorreram em grande quantidade no país por meio de e-mails com arquivos infectados. Segundo o GSI, “não há registros e evidências de que a estrutura de arquivos dos órgãos da Administração Pública Federal (APF) tenha sido afetada”.

No Brasil: INSS

O INSS divulgou um comunicado a todas as agências do Brasil dizendo que os “microcomputadores devem ser desconectados da rede. Aqueles microcomputadores que sofreram ataque – os que tiverem tela vermelha – devem ser separados e mantidos desligados.” Também foram desligados todos os servidores da Dataprev.

O atendimento do INSS está suspenso, inclusive na Central 135. Os atendimentos marcados para esta data serão reagendados. A Data de Entrada de Requerimentos (DER) dos cidadãos agendados será resguardada, diz o INSS.

“Os técnicos da Dataprev e do INSS estão atuando para solucionar o problema no menor prazo possível. Tão logo haja segurança necessária os serviços serão restabelecidos”, diz a nota.

A superintendência regional da PF informou que acionou o serviço de inteligência para verificar extensão do problema.

No Brasil: TJ e outros

O Judiciário estadual de SP admitiu que computadores da instituição foram infectados, o que motivou o desligamento de todas as máquinas do órgão em todo o estado. Os outros TJs estaduais citam “medidas de precaução”, mas não dizem que foram atingidos diretamente pelo vírus.

O juiz Alécio Martins Gonçalves, assessor da presidência do TJ-SP, disse que poucas máquinas foram infectadas. “Se não conseguirmos recuperar, serão dados que existem nessas máquinas, mas não houve infecção do datacenter, dos nossos servidores, então a população pode ficar tranquila.”

A Petrobras divulgou comunicado dizendo que, “ao tomar conhecimento de um vírus global, a empresa adotou medidas preventivas para garantir a integridade da rede e seus dados.”

Após ciberataque à Telefônica na Espanha, a Vivo no Brasil orientou funcionários a não acessarem a rede corporativa da empresa no Brasil – a medida foi direcionada para os escritórios da empresa, sem afetar os usuários dos serviços da Vivo.

O Itamaraty disse que desligou suas máquinas preventivamente, mas disse que não foi alvo direto dos ataques. O site do Ministério das Relações Exteriores saiu do ar.

Como é o ataque

Os vírus de resgate são pragas digitais que embaralham os arquivos no computador usando uma chave de criptografia. Os criminosos exigem que a vítima pague um determinado valor para receber a chave capaz de retornar os arquivos ao seu estado original.

Quem não possui cópias de segurança dos dados e precisa recuperar a informação se vê obrigado a pagar o resgate, incentivando a continuação do golpe.

O jornal “The New York Times” diz que os ataques podem ter usado uma ferramenta que foi roubada da NSA, a agência de segurança nacional dos EUA. O vírus que se espalhou é o Wanna Decryptor, variante do ransomware WannaCry, diz o jornal.

Segundo a Kaspersky, o vírus se espalha por meio de uma brecha no Windows, que a Microsoft diz ter corrigido em 14 de março. Mas usuários que não atualizaram os sistemas podem ter ficado vulneráveis.

A falha afeta as versões Vista, Server 2008, 7, Server 2008 R2, 8.1, Server 2012, Server 2012 R2, RT 8.1, 10 e Server 2016 do Windows.

Computadores pessoais podem ser alvos?

Os relatos dos ataques desta sexta-feira indicam empresas como alvo, mas computadores pessoais com Windows não atualizados também podem ser infectados. veja como prevenir ou agir em caso de ataque.

Hospitais na Inglaterra

Representantes de hospitais públicos afetados na Inglaterra relataram ao jornal que cancelaram atendimentos e redirecionaram ambulâncias para outros hospitais.
De acordo com o “New York Times”, ao menos 16 instituições sofreram, simultaneamente, um bug em seus sistemas de informação.
Não há evidências de que os dados de pacientes tenham sido afetados, segundo a “BBC”. Médicos locais publicaram posts no Twitter relatando o incidente:

Fonte: G1

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